22 de março de 2014, sábado, das 14h às 16h
"Livro de artista: entre o ateliê e a sala de aula"
Edith Derdyk, Luise Weiss e Ulysses Bôscolo
Mediadora: Marília Lourenço
12 de abril de 2014, sábado, das 14:30 às 16:30
"Além das páginas do livro: o livro de artista como campo expandido"
Paulo Silveira e Adrienne Firmo
Mediadora: Luise Weiss
confirme sua presença
Para animar ainda mais os nossos sábados, contaremos mais uma vez com o pocket café da Cozinha Efêmera apresentando as seguintes delícias:
Chá gelado de hibisco com suco de maça - R$ 6,00
Kombucha (puro e com suco de abacaxi)
Café nespresso - R$ 4,00
Bolo salgado de abóbora com alho poró - R$ 6,00
Carolinas com queijo gruyère - R$ 6,00
Bolo de farinha de amêndoas e uvas passas - R$ 8,00
Bolo de cenoura com calda de cacau - R$ 6,00
Couscous marroquino ao curry - R$ 8,00
E, certamente, mais alguma novidade para você levar para casa.
Traga dinheirinho pois não trabalhamos com cartão.
Casa Contemporânea
Rua Capitão Macedo, 370
Vila Mariana - SP
casacontemporanea370@gmail.com
casacontemporanea370@gmail.com
www.casacontemporânea370.com
tel: (11) 2337-3015
Veja como foi a CONVERSA com a curadora da exposição
Luise Weiss e os artistas Edith Derdyk e Ulysses Bôscolo.
Não deixe de participar na próxima
Luise Weiss Ulysses Bôscolo
Veja como foi a CONVERSA com a curadora da exposição
Luise Weiss e os artistas Edith Derdyk e Ulysses Bôscolo.
Não deixe de participar na próxima
12 de abril de 2014, sábado, das 14h às 16h
"Além das páginas do livro: o livro de artista como campo expandido"
Paulo Silveira e Adrienne Firmo
Mediadora: Luise Weiss
confirme sua presença
casacontemporanea370@gmail.com
casacontemporanea370@gmail.com
Luise Weiss Ulysses Bôscolo
Edith Derdyk Marília Lourenço
Além das valiosas informações trazidas por Edith Derdyck e Luise Weiss, Ulysses Bôscolo fez a leitura de um texto de sua autoria:
A Biblioteca Visual: O livro como união simbólica entre os artistas na Casa
Contemporânea.
Se algum dia pudermos eleger um único objeto do desejo; aquilo que pode
beijar as suas memórias mais profundas, mais significativas no tempo, este
objeto é o livro.
Nenhuma outra tecnologia pôde ser tão fiel à necessidade tátil, viril, delicada e
estranha contendo tanta felicidade e tristeza misturadas a signos, textos,
imagens (uma escultura ao se aproximar de nós como o amor), movimentando-
se na mente como se descobrisse conosco (e coversasse conosco) sobre o
mundo possível no arquivo dos pés; nas experiências que partilhamos a conta
gotas entre nós.
Experiências em imagens: partituras tão necessárias à vida poética.
Hoje o livro se alimenta desmembrando a própria ambição do artista por
colecionar e organizar o que podemos chamar de conhecimento visual.
Este conhecimento móvel, articulado na informação faz uso de tudo o que é
impresso, reinventando a liberdade no sabor de uma poesia alheia a um
entendimento imediato. É preciso que o tempo (tão lento e tão raro) possa
entender (e estender suas raízes) para puxar na história uma outra história
cheia de irregularidades e cicatrizes, permeada pela seiva digital na
propagação de suas possibilidades agarrada ao seio fotográfico.
Se nos organizamos desta maneira pela sequência programada de imagens
em instalações tão simples e complexas como um espelho dentro de outro
espelho, temos a disposição uma biblioteca sem prateleiras onde os olhos
folheiam os espaços ocupados da Casa Contemporânea como verdadeiros
volumes que num determinado momento são livros (mas livros espalhados na
arquitetura) onde podemos mergulhar no contexto usual da palavra antiga que
modela as coisas no silêncio. A palavra mantém o fio tênue do entendimento.
Mantemos a escultura como parâmetro e o cinema como uma inspiração. Os
sites e blogs que ligam a questão mágica da comunicação entre os
participantes são como folhas soltas (materiais) luzes, argamassas essenciais
do presente, pois o objeto confere o grau de pesquisa de cada um como um
tijolo ao lado de outro tijolo, um livro ao lado de outro livro/ uma verdadeira
parede quando tentamos seduzir o problema.
É evidente que a leitura sensível das obras será o acordo que cada um de
vocês podem fazer nas sombras de uma tarde de outono, entre a brutalidade
do tempo e os desenhos – palavras que gravamos no aço ou no papel, de
acordo com o céu ou pendurados e costurados rente ao corpo de uma escada.
O que podemos refletir é a forma que o grupo de artistas realizou nos pedaços
dispersos nos cômodos de uma casa com uma história ligada aos
paralelepípedos da rua: estas páginas de granito cobertas de asfalto aqui em
São Paulo.
O muro é baixo como uma lombada.
O portão é a capa do volume que abre devagar para o pequeno jardim e este
jardim completa o sentido de todos vindos para cá ao entrar pelo corredor. Ali
temos uma sequencia onde o corpo é coberto por páginas e essas páginas
estão também sobre nós, pois somos cobertos por palavras invisíveis desde
que nascemos. Antes de poder falar, ouvimos... e quando falamos, mais
tarde...; bem mais tarde nas cifras da infância onde a realidade é movediça,
lemos.
A casa é o livro. Podemos ser as parcelas de algo que escapou das fibras e
não é dito corretamente em palavras, mas sim por módulos próximos a um
folhear do presente/ nas horas e nos compassos daquilo que podemos fazer
nos detalhes.
Os artistas são os tipógrafos que ouvem e anotam; a sonora palavra que
propõe uma determinada paisagem fatiada por vigas e paredes, janelas,
escadas, pisos, frestas onde comentários são inseridos visualmente no corpo
do espectador curioso na leitura da estrutura reunida. Não posso aqui separar
os trabalhos e determina-los individualmente por mais que seja o óbvio. Penso
no conjunto e na leitura de um sobrado como algo a ser visto por nós na
participação.
Mas o objetivo não é alcançado tão rápido assim.
Para entender os livros desta biblioteca temos primeiro que buscar as formas
mais próximas, aquelas cujas memórias e outras névoas são feitas por técnicas
que abraçam a ideia da juventude que viaja de um artista ao outro, na
passagem por encadernações, pastas, papéis da espessura da manhã, caixas,
cartões, sequências escritas em vidros e sinais de uma linha que não é
exatamente uma “linha”, mas um feixe até as obras que mostram no tecido (na
relação com o ambiente) o outro ambiente.
Algo temperamental para colocarmos na mão.
Penso que é um pouco daquilo que estamos dispostos a descobrir quando no
fundo podemos pesquisar: a poesia útil dos dias de chuva.
Ulysses Boscolo
Manhã de 22 de março 2014.
e no final de uma deliciosa conversa, nada melhor do que, também deliciosas, as diversas opções da Cozinha Efêmera para acompanhar um cafezinho
Silvia Corbucci |
Venha ver a exposição e confirme sua presença para a próxima CONVERSA.
de terça a sexta das 14h às 19h.
sábado das 11h às 17h.
Rua Capitão Macedo, 370 - Vila Mariana - SP
www.casacontemporanea370.com
tel: (11) 2337-3015
em breve o vídeo desta conversa estará disponível no site da Casa.
Aguarde.
Nenhum comentário:
Postar um comentário