Aconteceu na Casa Contemporânea, uma breve temporada do Núcleo de Pesquisa Teatral Os Parafernálios com o espetáculo Nº 298. Com produção e direção coletiva, o grupo formado por Angela Consiglio, Edu Cesar, Jimena Peinado, Lais Loesch e Marina Gadioli manteve a Casa lotada com proposta dinâmica e ousada. Iniciando a peça na rua, o público era conduzido para o interior do atelier e integrava-se ao cenário cuidadosamente elaborado em consonância a pesquisa do grupo.
Para a realização desta proposta contamos com a participação doscolaboradores Andrea Dian, Lucas José e Gilberto Costa.
Abaixo segue o texto escrito pelo grupo. Para conhecer melhor o percurso deles consulte http://osparafernalios.blogspot.com
Work in progr(c)ess ou Como tirar uma peça inteira de nós mesmos.
A memória. A casa. A mala. O peão. O vestido. O livro. Histórias. O repertório individual. Escolhas. Desapegos. Paciência. 20 meses. Fragmentação. Movimento contínuo. Movimento que nos leva do caos ao caos, no sentido mais interessante da palavra. Inquietações e indagações rumo ao objeto artístico, que não tem apenas a função contemplativa, mas sim reflexiva e de vivência. Os nossos personagens alegóricos, escrachados, líricos, transcendentais e reais, envolvem-se e se finalizam junto com o espectador. É agora José! Assim como a memória que constrói os nexos capazes de nos fazer avançar, o “nº298” também nos fez ir um pouco adiante na história.
Para nós esse processo foi comido, digerido e vomitado, muitas vezes e ininterruptamente, para concretizar uma voz coletiva, dos participantes do processo e, de certa maneira, de todo mundo. A opção por uma dramaturgia (entendemos dramaturgia como todas as ferramentas de expressão teatral) coletiva não significa originalidade, modismo ou egocentrismo, e sim vontade e escolha política e estética de ter um discurso mais direto.
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