Lançamento Catálogo Aluga-se

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Aprentando o Projeto Piatã, uma proposta de residência artística,
exposição e oficinas de arte na cidade de Piatã, localizada na Chapada Diamantina, Bahia, realizado entre os meses de abril e julho de 2012, através do Programa Rede Nacional Funarte Artes Visuais – 8a Edição.
Com participação dos artistas Evandro Prado, Fabiano Soares, Giba Gomes,
Renato Pera e Yara Dewachter

28/07/2012 sábado 16h30.
grátis


Foi proposto pelos artistas Evandro Prado, Giba Gomes, Renato Pera, Yara Dewachter (residentes em São Paulo) e Fabiano Soares (vive em Abaíra, cidade próxima à Piatã), que costumam reunir-se para discutir suas ideias e elaborar projetos de exposições e intervenções. A partir da interação entre eles e a investigação do contexto oferecido pela cidade de Piatã, os artistas prepararam suas propostas que foram ainda enriquecidas pela vivência direta no local, onde passaram um período para finalizar suas obras e mostra-las ao público da cidade. O objetivo principal da iniciativa do grupo foi criar um diálogo com a cidade de Piatã, um diálogo que pudesse cruzar, mesclar e embaralhar as diferenças dos contextos em que vivem.

Evandro Prado discutiu aspectos da religiosidade e da sociedade de consumo, manipulando ironicamente imagens religiosas. Fabiano Soares, natural de Abaíra, buscou a identificação afetiva do público com temas regionais, apresentando obras ligadas à oferta cultural local. Giba Gomes trabalhou com gravuras e monotipias, construindo imagens da cidade e de seus personagens realizadas durante os períodos de oficina em que esteve em contato direto com os habitantes da cidade. Inspirado por imagens formadas em espelhos, Renato Pera apresentou trabalhos que mesclaram o imaginário local com o seu imaginário pessoal. Yara Dewachter interessou-se por captar cenas cotidianas, paisagens e pessoas, que passaram a integrar as séries “Cápsulas da vida” e “Puretas”.

Os artistas integram o grupo Aluga-se, formado em 2009, em São Paulo. Uma das características deste grupo é a sua composição aberta, na qual o número de artistas é variável e os participantes são definidos a cada projeto. O grupo foi responsável pela realização de inúmeras ações, destacando-se a exposição inaugural “Aluga-se”, em uma casa vazia para alugar em São Paulo, em 2010, além da mostra “Feios, sujos e malvados”, na Dinamarca, em 2011, e o projeto “Até Meio Quilo”, realizado em nove museus brasileiros durante todo o ano de 2011.


Café Contemporâneo com Monica Tinoco

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Visita a Documenta 13
com Monica Tinoco

Um passeio rápido pela mostra de arte contemporânea que acontece em Kassel, Alemanha até 16/09/2012
A visita começa com uma pequena descrição sobre a cidade de Kassel e a sua importancia no contexto desta 13º edição da exposição: colapso e recuperação. Serão apresentadas imagens e breves explicações das obras mostradas no Fridericianum, Documenta-Halle, Karlsaue Park, Hauptbanhof, Neue Galerie, Obeste Gasse 4 e Untere Karlsstr. 14

Monica Tinoco é artista plástica. Formada em Comunicação Visual pela Faap, participa de exposições de arte desde 2006. Realizou exposições individuais no Centro Cultural São Paulo, Museu de Arte de Ribeirão Preto, Museu Universitário de Arte de Uberlândia e Usina do Gasômetro em Porto Alegre. Foi premiada no 16º Encontro de Artes Plásticas de Atibaia e no 37º Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto

O Café Contemporâneo é um espaço de encontros para debates, discussões relacionadas com as áreas de interesse de atuação da Casa: arte, arquitetura, teatro, psicologia e outros assuntos correlatos.

28/07/12 sábado 15h.
grátis!
www.casacontemporanea370.com.br
casacontemporanea370@gmail.com
(11) 2337-3015

Degustação de vinhos




Aconteceu na Casa Contemporânea, numa sexta-feira fria de julho, uma degustação de vinhos. Com palestra da sommelière Patricia Brentzel abordando conceitos básicos do mundo do vinho, passando pela história, principais uvas e estilos, elaboração e técnicas de degustação.

Informações através do email:
contato@patriciabrentzel.com.br ou pelo telefone (11) 2579 6001

Acomapanhe a programação da Casa Contemporânea pelo site www.casacontemporanea370.com e participe!

Oficina de Fotogravura com Célia Saito




Aconteceu nas férias e foi muito boa!
A técnica de fotogravura que apresentada aqui é Fruto de uma pesquisa realizada com materiais acessíveis e de custo baixo. O objetivo desta oficina não é só entrar em contato com as possíveis técnicas de fotogravura como também passar conhecimentos não somente para o uso de artistas em suas poéticas mas também para possivelmente estes conhecimentos serem replicado.

de 03 à 17/07 - terças-feiras - das 19 às 22h.

Célia Saito é artista visual que vive e trabalha em São Paulo.

Estudou Artes Plásticas na FAAP. Trabalhou como designer de embalagens, restauradora de fotografia e desde 1985 trabalha como fotografa comercial. Foi professora de fotografia no SENAC e Oficinas Culturais do Estado de São Paulo.

Em seu trabalho como artista traça relações entre o conceito e o experimentalismo, sobre suportes como fotografia, gravura, objetos e instalação.

Não perca as próximas propostas. Acompanhe nossa programação acessando www.casacontemporanea370.com

Degustação de vinhos

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Acontece na Casa Contemporânea "Iniciação ao Mundo do Vinho".
sexta-feira, 20/07/12, das 20h às 22h.

Neste Atelier, a sommelière Patricia Brentzel irá abordar conceitos básicos do mundo do vinho, passando pela história, principais uvas e estilos, elaboração e técnicas de degustação.

Investimento: R$ 120,00 por pessoa

Inclui palestra e degustação de 5 vinhos de diferentes estilos

Informações e inscrições através do email: contato@patriciabrentzel.com.br ou pelo telefone (11) 2579.6001

Casa Contemporânea
Rua Capitão Macedo, 370 - Vila Mariana - SP
Tel: (11)2337-3015
www.casacontemporanea370.com

Pigmento #1 - exposição coletiva




PIGMENTO #1
“...isso significa ser contemporâneo: ser pontual num compromisso ao qual se pode apenas faltar”
Giorgio Agamben


Muitas vezes testemunhamos algo a respeito da incompreensão quanto aos trabalhos de arte contemporânea. Compreensível; porém é singular que esta incompreensão venha, com uma incômoda frequência até, mais de pessoas ligadas ao meio das artes onde não é raro associarem contemporaneidade com gêneros de expressão. Nada mais equivocado.
A contemporaneidade não é uma reserva de mercado de gêneros de expressão (escultura, vídeo, performance, pintura, instalação) mas de como expressar as inquietações e incertezas contemporâneas.
A exposição Pigmento #1 é um recorte da produção de dez artistas e nela optou-se por destacar os que trabalham com elementos “não reconhecíveis”. Esta denominação serve apenas de balizamento para nos aproximarmos dos trabalhos, em que pese uma heterogeneidade minuciosa. Assim é que trabalhos como os de Isaac Sztutman, Silvia Mendes e Marina de Falco lidam, cada um à sua maneira, com questões sobre o espaço. Isaac ao dispor blocos de cores em um campo monocromático parece criar um local apartado de qualquer indicio do real, mas suas pinturas tem origem em fotos de bairros de São Paulo. A disposição de espaços nas telas de Marina parecem ir em direção oposta: suas “paredes” de cor, reforçadas por linhas tênues de grafite, seriam quase projetos arquitetônicos se não viéssemos a saber que surgem de uma pesquisa do universo formal do concretismo e neo concretismo. Para Silvia as relações de cores que busca e o modo como as dispõem nas telas são sua origem e fonte de inquietação, ainda que pareçam trechos de arranha-céus numa metrópole.
Quase como um contraponto à sala anterior, Esther S. Kleiman, Adriana Pupo e Beatriz Sztutman trabalham a pintura como uma essência de algo afastado do mundo físico. Esther se vale do rigor da aquarela para mostrar relações de interação, conflituosas ou harmoniosas, que vão além das questões estéticas. A leveza nas telas de Adriana, com cores diáfanas e economia de elementos, requer um posicionamento contraditório na sua fatura, algo como uma rigidez maleável, onde os pequenos trabalhos em pastel mostram a gênese desse processo. Beatriz opera de outra forma: sua pintura, seja nas telas claras ou nas escuras, tem a cor alterada por direções de pincelada, raspagens, deposição de matéria e elementos que surgem como se sempre estivessem ali.
No piso superior temos outra abordagem diversa com Jeff Chies, Tania Nitrini, Vera Cavallari e Márcia Vinci. São trabalhos onde a abordagem da pintura parece se fazer através de um pensamento mais conceitual e metódico. Nos trabalhos de Vera isto remeteria a uma rigidez mas, ao olharmos mais detidamente, não se confirma essa impressão já que as cores, o intercalar entre as faixas pintadas e as outras que surgem justamente pelo espaço da fita adesiva (seja por adição de outra cor ou pela tela branca que fica) permitem um respiro e um dinamismo muito próprio. Tânia também se vale de faixas de cores mas o resultado é completamente diferente. A geometria juntamente com uma solução de escala muito bem resolvida e utilização de cores com forte personalidade atualiza questões pictóricas básicas. O trabalho de Jeff tem as mesmas premissas anteriores mas suas telas optam por uma abstração informal com ênfase no gestual e onde uma relação corporal acaba se estabelecendo através da escala das telas. Os trabalhos de Márcia se distanciam um tanto dos três anteriores; ainda assim temos cores fortes, pessoais , devido também ao uso da guache, disposta de maneira que ora remete ao gestual, ora ao rigor construtivo, mas que se conformam à maneira de uma parede ou de um anteparo, onde frestas nos deixam entrever um outro lugar que já existia ali, mas que só nos damos conta de sua existência porque agora nos foi vedado. De forma improvável, Márcia como que estabelece uma ligação entre os trabalhos do piso inferior e os do piso superior.
Ser pontual num compromisso ao qual se pode apenas faltar. Para cumprir essa tarefa impossível Agamben diz que ser contemporâneo é uma questão de coragem. Penso também que seja uma questão de honestidade; com o que somos, com o que fazemos, com o compromisso que assumimos. A pintura, mas não só, traduz essa necessidade, esse assumir a busca de algo inalcançável que no mesmo instante que parecemos vislumbra-lo ele se afasta de nós e que mantém uma relação com o passado, mas também com o futuro, que o escreve no presente.
Ao questionar, e se questionar, sobre os rumos da pintura contemporânea estes artistas não optam por um caminho fácil ou do já assimilado, do ordinário da vida. Procuram, sim, no ordinário, no comum a todos, onde está o que é capaz de, sem grandiloquência, nos conduzir ao extra-ordinário.

Marcelo Salles
a exposição fica em cartaz até 11/08/2012
de terça a sexta das 14 às 19h.
sábados das 11 às 17h.
Rua Capitão Macedo, 370 - Vila Mariana - SP
www.casacontemporânea370.com
tel: (11) 2337-3015

SÁBADO sobrelivros




SÁBADO foi um evento que encerrou 1 mês de atividades do projeto Práticas Contemporâneas em Arte Impressa que aconteceu durante o mês de junho no Centro Cultural da Espanha em SP. No dia 30/06 a sobrelivros realizou um dia de ações e atividades no espaço da Casa Contemporânea em São Paulo. No evento aconteceu a primeira edição da pocket exposição "Ao Cubo" com trabalhos e experimentos realizados nos últimos dois anos pelos integrantes da sobrelivros >Bruno Mendonça, Rafaela Jemmene e Roberto Fabra.

Pigmento #1 - exposição coletiva

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O Pigmento é um grupo de 17 artistas que se valem da pintura como seu principal meio de expressão.
Pigmento #1 é a exposição que traz dez de seus integrantes num recorte que privilegia elementos não reconhecíveis em seus trabalhos, fazendo uma pintura contemporânea que não abre mão de questionar seus rumos nem seu desenvolvimento histórico.
Participam desta edição Adriana Pupo, Beatriz Sztutman, Esther S.Kleiman, Isaac Sztutman, Jeff Chies, Marina de Falco, Márcia Vinci, Silvia Mendes, Tania Nitrini, Vera Cavallari. Organização e curadoria de Marcia Gadioli e Marcelo Salles.

Abertura: 05/07/2012 - 20h
Visitação: 06/07 à 11/08/2012
terça a sexta das 14h. às 19h.
sábado das 11 às 17h.
Rua Capitão Macedo, 370 - Vila Mariana - SP
tel: (11) 2337-3015

"A Casa " - exposição coletiva




A questão da imagem ou o artista como Narciso

Água, vidro, monitores. Materiais diversos em sua constituição, mas que guardam similaridades quanto ao poder de reter, refletir, distorcer, mostrar imagens. Mas o que imagens mostram?
Os três artistas da exposição A Casa desenvolveram trabalhos específicos para os espaços expositivos da Casa Contemporânea. Sem abdicar de suas respectivas poéticas o espaço, e porque não dizer, o espírito do lugar, foi importante como um ponto comum geracional entre estes trabalhos e, metaforicamente, tornou-se corpo e consciência dos próprios artistas.
Assim, o que veremos em cada sala são imagens geradas pelas relações sociais que desenvolvemos, seja em esfera pública ou privada, mas que se originam de visões estritamente pessoais.
Lynn Carone constrói um ninho onde questões que antes de serem contrárias são complementares como o interno e o externo, a objetividade e a subjetividade, a matéria e o ser, tratando do relacionamento íntimo entre duas pessoas. A carga do que projetamos como um relacionamento assume o ambiente onírico não só nas fotos, mas principalmente no vídeo Ronda; nele a água que é palco da morte no mito de Ofélia vira celebração da vida.
Julieta Machado expande este círculo íntimo. Telhado de Vidro, nome de sua instalação, nos fala do desejo, utópico talvez, de relações sociais mais verdadeiras, mais “transparentes”. Esse desejo, que literalmente vai ao chão, vira o “mar de aparências” que temos de atravessar para chegarmos até o que atrai nosso olhar.
Os registros, em áudio e em vídeo, de João Carlos de Souza mostram elementos reconhecíveis. Porém algo não se completa ou então não corresponde ao que esperamos; isso ocorre notadamente no vídeo Luz, que nos coloca dentro de um túnel ou em Olhares (que vemos através de um olho mágico). Em todos os trabalhos o tempo escorre lentamente e mesmo reconhecendo o que vemos em O beijo ou ouvimos nas instalações sonoras Eu te amo trazem uma sensação de desconforto como quando fazemos algo para agradar um familiar ou um amigo por mera convenção.
Muito do que vemos, ou ouvimos, corresponde a padrões estabelecidos em nosso repertório intelectual e cognitivo. Daí a analogia com o mito. Roland Barthes dizia (em Mitologias) que o mito significa uma ilusão a ser exposta, mas que possui sentidos de segunda ordem agregados por convenção social. Procurar desconstruir um mito ou vê-lo de outra forma, não convencional, pode ser mais elucidativo. É exercer um pensamento de possibilidades.
Associamos o mito de Narciso com a vaidade exagerada, com alguém que pensa exclusivamente em si. Pensemos de outra maneira: Narciso é aquele que se projeta diante de algo que lhe atraia profundamente; e não faz isso por vaidade ou por soberba, já que não compreende o que lhe atrai. Por isso se projeta, mergulha no que vê.
Assim é o artista. Seus trabalhos são o lago onde Narciso se vê refletido, onde está projetado, sem saber claramente do que se trata. Ele tem de mergulhar naquilo que cria para se reconhecer. E nisso também difere do Narciso do senso comum: ele não é egoísta, “narcisista”; seu ato de entrega é porque sabe ou deseja que outros também possam se reconhecer no que veem, desde que dispostos a mergulhar.
Desconfie do que vê, desconfie do que ouve.
Água, vidro, monitores. O que imagens mostram?


Marcelo Salles

de 19/05 à 23/06/2012
Casa Contemporânea - Rua Capitão Macedo, 370
Vila Mariana - SP - tel: (11) 2337-3015
www.casacontemporanea370.com