Fronteiras: lugar do estrangeiro - abertura da exposição




Esta coletiva, inaugurada sexta-feira, 24/08, com curadoria da psicanalista Alessandra Parente, fica em cartaz até 29/09/12. Participam da mostra os artistas: Adriana Affortunati, Artur Lescher, Carmela Gross, Cláudio Matsuno, Flávia Junqueira, Georgia Kyriakakis, José Spaniol, Siliva Mecozzi e Sofia Borges.

Paralelamente haverá um ciclo de debates sobre as obras de alguns dos artistas presentes na exposição e diálogos entre estudiosos da Arte e da Psicanálise.

Acompanhe e participe!

1º debate: dia 31/08/2012 – 19h.
Gustavo Henrique Dionísio e Flávia Junqueira

Psicanalisar a arte, criar a psicanálise
Visando alargar a interlocução entre as artes visuais e a psicanálise, o encontro entre a artista plástica Flávia Junqueira e o psicanalista Gustavo Henrique Dionisio será realizado no dia 31 de agosto às 20h na Casa Contemporânea. A ideia é promover o debate entre os convidados e o público sobre coincidências e dessemelhanças que envolvem essas duas práticas.

Gustavo Henrique Dionisio é psicanalista, mestre e doutor em Psicologia Social da Arte pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, membro do Espaço Brasileiro de de Estudos Psicanalíticos de São Paulo, Professor do Depto. de Psicologia Clínica da Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho (UNESP- Assis), autor de "O antídoto do mal: crítica de arte e loucura na modernidade brasileira" (Ed. Fiocruz) e "Pede-se abrir os olhos. Psicanálise e reflexão estética hoje" (Ed. Annablume).

Flávia Junqueira é artista visual, atualmente realiza o programa de pós graduação em poéticas visuais da Universidade de São Paulo sob orientação do profº Dr. Mário Celso Ramiro de Andrade. Cursou o Programa PIESP da Escola são Paulo: Coordenação de Adriano Pedrosa, Rodrigo Moura e Marcos Moraes. Graduado e Bacharelado pela Faculdade de Artes Plásticas/Fundação Armando Álvares Penteado, FAAP-2009. Atuou como assistente de cenografia no Espaço Cenográfico de São Paulo de J.C.Serroni em 2006/2008.

2º debate: dia 14/09/2012 – 19h.
Noemi Moritz Kon e Marcelo Salles

A arte e a psicanálise têm “cura”?
Não é de hoje a polêmica sobre a “cura” em psicanálise. Para aqueles que são da área, a ideia de “curar” ou “ser curado” pela análise é discutível desde Freud e seu texto Análise terminável e interminável. O termo “curador”, que designa aquele que idealiza e organiza uma exposição de arte, está etimologicamente ligado às ideias de cuidar, zelar, tratar. Avizinhar essas duas áreas pode ser uma oportunidade para rediscutir o modo como essas práticas são vistas e conduzidas nesses diferentes segmentos. Para compor esse debate com o público, o curador independente Marcelo Salles e a psicanalista Noemi Moritz Kon se encontrarão no dia 14 de setembro às 20h na Casa Contemporânea.

Noemi Moritz Kon é psicanalista, membro do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae, professora curso “Conflito e Sintoma: Clínica Psicanalítica” do mesmo Departamento, Mestre e Doutora pelo Departamento de Psicologia Social do Instituto de Psicologia da USP. Autora de Freud e seu Duplo. Reflexões entre Psicanálise e Arte, S. Paulo, Edusp/Fapesp, 1996, A Viagem: da Literatura à Psicanálise, São Paulo, Companhia das Letras, 2003 e organizadora/apresentadora de 125 contos de Guy de Maupassant, São Paulo, Companhia das Letras, 2009.

Marcelo Salles é curador independente e arquiteto. Desenvolve pesquisa historicista e teoria crítica em artes visuais e arquitetura; Criou e dirige, juntamente com Marcia Gadioli, a Casa Contemporânea, espaço de atelier, exposições e debates (2009). Estudou História da Arte com Rodrigo Naves (2010-2011). Formado em arquitetura e urbanismo pela Universidade Mackenzie (1993).

Coordenação: Alessandra Parente

Alessandra Parente Psicanalista. Além do trabalho clínico, desenvolve o doutorado na Psicologia Social da USP, estabelecendo diálogos entre Artes Visuais e Psicanálise. Também é professora de Psicanálise e autora de artigos que estão na interface da Psicanálise com as Artes. É mestre em Psicologia Clínica (PUC–SP), bacharel em Filosofia (USP) e formada em Psicologia (PUC-SP).


acesse o site www.casacontemporanea370.com e acompanhe
calendário de debates que acontecem paralelamente à exposição.

Agradecemos o registro fotográfico por Manuel Messina.


Casa Contemporânea
Rua Capitão Macedo, 370 - Vila Mariana - SP
Tel: (11) 2337-3015
casacontemporanea370@gmail.com

Oficina de fotografia para artistas

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Através de exercícios práticos, o objetivo da oficina é de instrumentalizar melhor os artistas com técnicas fotográficas para que eles consigam tirar melhor proveito de seus equipamentos fotográficos para registrar seus trabalhos.

dias 03, 10, 17 e 24/09, segundas-feiras das 19 às 22h.
solicite formulário de inscrição pelo e-mail casacontemporanea370@gmail.com

CRONOGRAMA DA OFICINA:

03/09/2012
ISO, velocidade e diafragma
Calibragem de cor
Reflexão e rebatimento de luz
Iluminação ideal para reprodução de objetos bidimensionais como desenhos e pinturas

10/09/2012
Fotografando objetos tridimensionais e ambientes

17 e 24/09/2012
Manipulação de imagem em Photoshop
Calibração, cor, definição e colagem imagens.

Público-Alvo: Oficina direcionada a estudantes, artistas em formação, artistas, ou qualquer interessado no assunto.

investimento: R$ 250,00

Forma de Pagamento: À vista com 5% de desconto ou em até 2x

Materiais Necessários para Frequentar o Curso: Máquina fotográfica (de preferência digital e com controles manuais de ISO/velocidade e diafragma), tripé (se tiver), objetos para serem fotografados

CURRÍCULO BREVE
Célia Saito é artista visual que vive e trabalha em São Paulo.
Estudou Artes Plásticas na FAAP. Trabalhou como designer de embalagens, restauradora de fotografia e desde 1985 trabalha como fotógrafa comercial. Foi professora de fotografia no SENAC e Oficinas Culturais do Estado de São Paulo.
Em seu trabalho como artista, traça relações entre o conceito e o experimentalismo sobre suportes como fotografia, gravura, objetos e instalação.

Casa Contemporânea
Rua Capitão Macedo, 370 - Vila Mariana - SP
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Visita à Documenta 13 com Monica Tinoco - continuação

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Dando continuidade ao passeio pela mostra de arte contemporânea que acontece em Kassel, Alemanha até 16/09/2012.
A visita começou em 28/07, no Café Contemporâneo com Monica Tinoco. Nesse dia, a artista fez uma pequena descrição sobre a cidade de Kassel e a sua importancia no contexto desta 13º edição da exposição: colapso e recuperação. Na próxima terça-feira, 28/08, Monica continuará com apresentação de imagens e breves explicações das obras mostradas no Fridericianum, Documenta-Halle, Karlsaue Park, Haupt...banhof, Neue Galerie, Obeste Gasse 4 e Untere Karlsstr.

Confirme sua presença!
casacontemporânea370@gmail.com ou (11)2337-3015
grátis.

Monica Tinoco é artista plástica. Formada em Comunicação Visual pela Faap, participa de exposições de arte desde 2006. Realizou exposições individuais no Centro Cultural São Paulo, Museu de Arte de Ribeirão Preto, Museu Universitário de Arte de Uberlândia e Usina do Gasômetro em Porto Alegre. Foi premiada no 16º Encontro de Artes Plásticas de Atibaia e no 37º Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto

oficina de desenho com modelo vivo

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Em sessão única na Casa Contemporânea, sob orientação da artista Regina Carmona e com a modelo Terezinha Malaquias, esta oficina com duração de 3 horas foi planejada para explorar as seguintes questões :
- o corpo e o espaço
- o corpo e o movimento
- o corpo e a ausência

Uma oportunidade única por ocasião da breve passagem da modelo Teresinha Malaquias pelo Brasil, atualmente residindo na Alemanha.

Haverá venda do livro Modelo Vivo - Terezinha Malaquias, de Adi Leite.

Dia 27/08/12, segunda-feira, 19h.
R$ 120,00 material incluso
Inscrições até dia 25/08, sábado.
Casacontemporânea370@gmail.com
Tel: (11) 2337-3015

Regina Carmona - Artista mestre em poéticas visuais, formada ECA-USP, destaca-se nos anos 90 através do Projeto Nascente e Heranças Contemporâneas do MAC e USP. Participa de importantes exposições e mostras; instalações, intervenções e projetos no Brasil e no exterior, viagens de pesquisa e residências de arte em fundações como Sanskriti Kendra, Índia; Hame ,Finlândia, Tescani, Romênia.

Terezinha Malaquias - Modelo Vivo, Atriz e Performer. Mora em Freiburg/Alemanha onde trabalha como Modelo Vivo, Performance e trabalha também num Centro Cultural da Cidade (Ewerk).

Contamos com apoio de:
Casa do Artista - www.acasadoartista.com.br
Atelier A Pipa - www.atelierapipa.com.br
o atelier a pipa recomeça essa semana com as aulas de Desenho Livre com a professora Marcia Cymbalista, agora em dois dias/horários: quinta, das 19h15 às 22h15 e sexta, das 8h45 às 11h45.
Mais informações no nosso site www.atelierapipa.com.br, ou pelo telefone 2506-0096.


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Fronteiras: lugar do estrangeiro - exposição coletiva

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Casa Contemporânea apresenta a exposição “Fronteiras: lugar do estrangeiro” na qual estabelece uma interface entre Arte e Psicanálise. O inconsciente freudiano é território estrangeiro do sujeito, assim como horizontes desconhecidos atravessados pelos artistas ao comporem suas obras. A mostra com curadoria da psicanalista Alessandra Martins Parente vai do dia 24 de agosto à 29 de setembro e conta obras dos artistas brasileiros Carmela Gross, José Spaniol, Artur Lescher, Silvia Mecozzi, Flávia Junqueira, Sofia Borges, Georgia Kyriakakis, Adriana Affortunati e Cláudio Matsuno. Paralelamente haverá um ciclo de debates sobre as obras de alguns dos artistas presentes na exposição e diálogos entre estudiosos da Arte e da Psicanálise.


1º debate: dia 31/08/2012 – 19h.
Gustavo Henrique Dionísio e Flávia Junqueira

Gustavo Henrique Dionisio é psicanalista, mestre e doutor em Psicologia Social da Arte pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, membro do Espaço Brasileiro de de Estudos Psicanalíticos de São Paulo, Professor do Depto. de Psicologia Clínica da Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho (UNESP- Assis), autor de "O antídoto do mal: crítica de arte e loucura na modernidade brasileira" (Ed. Fiocruz) e "Pede-se abrir os olhos. Psicanálise e reflexão estética hoje" (Ed. Annablume).

Flávia Junqueira é artista visual, atualmente realiza o programa de pós graduação em poéticas visuais da Universidade de São Paulo sob orientação do profº Dr. Mário Celso Ramiro de Andrade. Cursou o Programa PIESP da Escola são Paulo: Coordenação de Adriano Pedrosa, Rodrigo Moura e Marcos Moraes. Graduado e Bacharelado pela Faculdade de Artes Plásticas/Fundação Armando Álvares Penteado, FAAP-2009. Atuou como assistente de cenografia no Espaço Cenográfico de São Paulo de J.C.Serroni em 2006/2008.

2º debate: dia 14/09/2012 – 19h.
Noemi Moritz Kon e Marcelo Salles

Noemi Moritz Kon é psicanalista, membro do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae, professora curso “Conflito e Sintoma: Clínica Psicanalítica” do mesmo Departamento, Mestre e Doutora pelo Departamento de Psicologia Social do Instituto de Psicologia da USP. Autora de Freud e seu Duplo. Reflexões entre Psicanálise e Arte, S. Paulo, Edusp/Fapesp, 1996, A Viagem: da Literatura à Psicanálise, São Paulo, Companhia das Letras, 2003 e organizadora/apresentadora de 125 contos de Guy de Maupassant, São Paulo, Companhia das Letras, 2009.

Marcelo Salles é curador independente e arquiteto. Desenvolve pesquisa historicista e teoria crítica em artes visuais e arquitetura; Criou e dirige, juntamente com Marcia Gadioli, a Casa Contemporânea, espaço de atelier, exposições e debates (2009). Estudou História da Arte com Rodrigo Naves (2010-2011). Formado em arquitetura e urbanismo pela Universidade Mackenzie (1993).

Coordenação: Alessandra Martins Parente

Alessandra Martins Parente Psicanalista. Além do trabalho clínico, desenvolve o doutorado na Psicologia Social da USP, estabelecendo diálogos entre Artes Visuais e Psicanálise. Também é professora de Psicanálise e autora de artigos que estão na interface da Psicanálise com as Artes. É mestre em Psicologia Clínica (PUC–SP), bacharel em Filosofia (USP) e formada em Psicologia (PUC-SP).

Palestra: dia 22/09/2012 – 15h.
com Antonio Carlos Alves Garcia
"Arte e Psicologia Analítica - Uma visão junguiana do Processo Criativo"
A palestra pretende discutir o que é "criatividade psíquica" na perspectiva
junguiana, dentro do desenvolvimento da consciência. E como este conceito
pode ser utilizado como instrumento que amplia a visão da obra de arte, nas
relações que esta mantém com a época de sua criação.


Antonio Carlos Alves Garcia - Médico Psiquiatra e Analista Junguiano,
membro da IAAP ( International Association for Analytical Psychology) e
da SBPA (Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica).



Degustação de vinhos

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Tintos da América do Sul
Os vinhos da América do Sul fazem o maior sucesso com o paladar brasileiro.
Venha degustar e conhecer um pouco mais com a Sommelière Patricia Brentzel sobre produtores, uvas e as particularidades do terroir de cada país produtor: Argentina, Brasil, Chile e Uruguai.

R$ 120,00 por pessoa

Inclui: Palestra + Pães e Aperitivos + Degustação de 4 rótulos:

- Zuccardi Q Malbec 2009
- Casa Valduga Storia Merlot 2006
- Valdivieso Gran Reserva Carmenère 2010
- Marichal Grand Reserve Tannat 2007

Apenas 12 vagas.

Inscrições somente antecipadas através de
contato@patriciabrentzel.com.br ou
(11) 2579.6001

Pigmento #1 - exposição coletiva




PIGMENTO #1
“...isso significa ser contemporâneo: ser pontual num compromisso ao qual se pode apenas faltar”
Giorgio Agamben

Muitas vezes testemunhamos algo a respeito da incompreensão quanto aos trabalhos de arte contemporânea. Compreensível; porém é singular que esta incompreensão venha, com uma incômoda frequência até, mais de pessoas ligadas ao meio das artes onde não é raro associarem contemporaneidade com gêneros de expressão. Nada mais equivocado.
A contemporaneidade não é uma reserva de mercado de gêneros de expressão (escultura, vídeo, performance, pintura, instalação) mas de como expressar as inquietações e incertezas contemporâneas.
A exposição Pigmento #1 é um recorte da produção de dez artistas e nela optou-se por destacar os que trabalham com elementos “não reconhecíveis”. Esta denominação serve apenas de balizamento para nos aproximarmos dos trabalhos, em que pese uma heterogeneidade minuciosa. Assim é que trabalhos como os de Isaac Sztutman, Silvia Mendes e Marina de Falco lidam, cada um à sua maneira, com questões sobre o espaço. Isaac ao dispor blocos de cores em um campo monocromático parece criar um local apartado de qualquer indicio do real, mas suas pinturas tem origem em fotos de bairros de São Paulo. A disposição de espaços nas telas de Marina parecem ir em direção oposta: suas “paredes” de cor, reforçadas por linhas tênues de grafite, seriam quase projetos arquitetônicos se não viéssemos a saber que surgem de uma pesquisa do universo formal do concretismo e neo concretismo. Para Silvia as relações de cores que busca e o modo como as dispõem nas telas são sua origem e fonte de inquietação, ainda que pareçam trechos de arranha-céus numa metrópole.
Quase como um contraponto à sala anterior, Esther S. Kleiman, Adriana Pupo e Beatriz Sztutman trabalham a pintura como uma essência de algo afastado do mundo físico. Esther se vale do rigor da aquarela para mostrar relações de interação, conflituosas ou harmoniosas, que vão além das questões estéticas. A leveza nas telas de Adriana, com cores diáfanas e economia de elementos, requer um posicionamento contraditório na sua fatura, algo como uma rigidez maleável, onde os pequenos trabalhos em pastel mostram a gênese desse processo. Beatriz opera de outra forma: sua pintura, seja nas telas claras ou nas escuras, tem a cor alterada por direções de pincelada, raspagens, deposição de matéria e elementos que surgem como se sempre estivessem ali.
No piso superior temos outra abordagem diversa com Jeff Chies, Tania Nitrini, Vera Cavallari e Márcia Vinci. São trabalhos onde a abordagem da pintura parece se fazer através de um pensamento mais conceitual e metódico. Nos trabalhos de Vera isto remeteria a uma rigidez mas, ao olharmos mais detidamente, não se confirma essa impressão já que as cores, o intercalar entre as faixas pintadas e as outras que surgem justamente pelo espaço da fita adesiva (seja por adição de outra cor ou pela tela branca que fica) permitem um respiro e um dinamismo muito próprio. Tânia também se vale de faixas de cores mas o resultado é completamente diferente. A geometria juntamente com uma solução de escala muito bem resolvida e utilização de cores com forte personalidade atualiza questões pictóricas básicas. O trabalho de Jeff tem as mesmas premissas anteriores mas suas telas optam por uma abstração informal com ênfase no gestual e onde uma relação corporal acaba se estabelecendo através da escala das telas. Os trabalhos de Márcia se distanciam um tanto dos três anteriores; ainda assim temos cores fortes, pessoais , devido também ao uso da guache, disposta de maneira que ora remete ao gestual, ora ao rigor construtivo, mas que se conformam à maneira de uma parede ou de um anteparo, onde frestas nos deixam entrever um outro lugar que já existia ali, mas que só nos damos conta de sua existência porque agora nos foi vedado. De forma improvável, Márcia como que estabelece uma ligação entre os trabalhos do piso inferior e os do piso superior.
Ser pontual num compromisso ao qual se pode apenas faltar. Para cumprir essa tarefa impossível Agamben diz que ser contemporâneo é uma questão de coragem. Penso também que seja uma questão de honestidade; com o que somos, com o que fazemos, com o compromisso que assumimos. A pintura, mas não só, traduz essa necessidade, esse assumir a busca de algo inalcançável que no mesmo instante que parecemos vislumbra-lo ele se afasta de nós e que mantém uma relação com o passado, mas também com o futuro, que o escreve no presente.
Ao questionar, e se questionar, sobre os rumos da pintura contemporânea estes artistas não optam por um caminho fácil ou do já assimilado, do ordinário da vida. Procuram, sim, no ordinário, no comum a todos, onde está o que é capaz de, sem grandiloquência, nos conduzir ao extra-ordinário.

Marcelo Salles

Esta exposição está em cartaz até 11/08/2012
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Curso livre com lucimar Bello e Néle Azevedo

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Inquietudes, experimentações na arte contemporânea:
trilhas, redes, nó(s) e(m) nós

Curso com experiências práticas e conceituais,
pessoais e coletivas, nas quais sejam discutidos
os processos de criação de artistas e dos participantes,
inter relacionados com a(s) história(s) da arte.
Serão abordados conceitos de mínimo(s) e de excesso(s),
enfocando as intervenções, alterações e modificações
nos espaços públicos e/ou privados.


Duração: 08 aulas
Início: 08/08/2012 - quartas-feiras
Horário: 19h00 as 22h00
R$ 250,00/mês

Faça sua inscrição!

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Lançamento Catálogo Aluga-se - Piatã




a tarde de sábado, 28/07 terminou com o lançamento do catálogo e apresentação do projeto Piatã, desenvolvido em residência artística na cidade da Bahia, pelos artistas Yara Dewachter, Evandro Prado, Fabiano Soares, Renato Pera e Giba Gomes.
Foi encantador conhecer a experiência desse grupo em contato com a região e as pessoas que nela vivem, além de saborear deliciosos bolos com os amigos que compareceram.

O Projeto Piatã é uma proposta de residência artística, exposição e oficinas de arte na cidade de Piatã, localizada na Chapada Diamantina, Bahia, realizado entre os meses de abril e julho de 2012, através do Programa Rede Nacional Funarte Artes Visuais – 8a Edição. Foi proposto pelos artistas Evandro Prado, Giba Gomes, Renato Pera, Yara Dewachter (residentes em São Paulo) e Fabiano Soares (vive em Abaíra, cidade próxima à Piatã), que costumam reunir-se para discutir suas ideias e elaborar projetos de exposições e intervenções. A partir da interação entre eles e a investigação do contexto oferecido pela cidade de Piatã, os artistas prepararam suas propostas que foram ainda enriquecidas pela vivência direta no local, onde passaram um período para finalizar suas obras e mostra-las ao público da cidade. O objetivo principal da iniciativa do grupo foi criar um diálogo com a cidade de Piatã, um diálogo que pudesse cruzar, mesclar e embaralhar as diferenças dos contextos em que vivem.

Evandro Prado discutiu aspectos da religiosidade e da sociedade de consumo, manipulando ironicamente imagens religiosas. Fabiano Soares, natural de Abaíra, buscou a identificação afetiva do público com temas regionais, apresentando obras ligadas à oferta cultural local. Giba Gomes trabalhou com gravuras e monotipias, construindo imagens da cidade e de seus personagens realizadas durante os períodos de oficina em que esteve em contato direto com os habitantes da cidade. Inspirado por imagens formadas em espelhos, Renato Pera apresentou trabalhos que mesclaram o imaginário local com o seu imaginário pessoal. Yara Dewachter interessou-se por captar cenas cotidianas, paisagens e pessoas, que passaram a integrar as séries “Cápsulas da vida” e “Puretas”.

Os artistas integram o grupo Aluga-se, formado em 2009, em São Paulo. Uma das características deste grupo é a sua composição aberta, na qual o número de artistas é variável e os participantes são definidos a cada projeto. O grupo foi responsável pela realização de inúmeras ações, destacando-se a exposição inaugural “Aluga-se”, em uma casa vazia para alugar em São Paulo, em 2010, além da mostra “Feios, sujos e malvados”, na Dinamarca, em 2011, e o projeto “Até Meio Quilo”, realizado em nove museus brasileiros durante todo o ano de 2011.

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Café Contemporâneo com Monica Tinoco




Aconteceu no sábado, 28/07, na Casa Contemporânea, uma visita à Documenta de Kassel guiada por Monica Tinoco.
O passeio que pretendia ser breve, se estendeu por muito mais tempo do que o previsto devido às observações detalhadas da artista que envolveu a todos e sugere a continuação em nova data.
Acompanhe nossa programação e participe!


Monica Tinoco é artista plástica. Formada em Comunicação Visual pela Faap, participa de exposições de arte desde 2006. Realizou exposições individuais no Centro Cultural São Paulo, Museu de Arte de Ribeirão Preto, Museu Universitário de Arte de Uberlândia e Usina do Gasômetro em Porto Alegre. Foi premiada no 16º Encontro de Artes Plásticas de Atibaia e no 37º Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto.

O Café Contemporâneo é um espaço de encontros para debates, discussões relacionadas com as áreas de interesse de atuação da Casa: arte, arquitetura, psicologia, teatro e outros assuntos correlatos.

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