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Ocupar um espaço. Apesar do fácil entendimento desta frase, uma multiplicidade de sentidos e formas se encerra nela; porém há uma premissa que deve ser respeitada que é o fato do espaço a ser ocupado esteja vazio, desocupado, até porque premissa física.
Partindo dessa idéia inicial, esboçamos um projeto de curadoria que levasse em conta o local (uma antiga residência), agora desocupado de móveis e pessoas, da forma como estivesse, ou seja, sem alterações ou adaptações, com as marcas de pessoas que viveram ali e que reconhecemos como indícios de uma mudança, de uma desocupação.
Essas marcas (contornos de quadros na parede, um trecho de piso desgastado, um carpete com a coloração alterada pelo tempo em que um móvel esteve em cima dele) que agem diretamente em nosso imaginário, porque reconhecíveis, são também o “gancho” para a escolha das obras.
O espaço, seja bi ou tridimensional ou ainda intermediado eletronicamente, deve apresentar-se de forma reconhecível ao nosso repertório porém de uma forma que cause inquietação ou estranheza, justamente pelo fato de identifica-lo facilmente em um primeiro momento. Apesar desse reconhecer buscado através das imagens/representações, mostrar que nem tudo o que vemos é real. Ou é.
Casa Contemporânea
Rua Capitão Macedo, 370 - Vila Mariana - (11) 8354-4476/ 9107-1485
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